O personagem cresceu tanto na trama que a casa do garoto virou cenário para um dos núcleos da novela. Assim, com a ausência dos pais de Barrão, que nunca deram as caras, a mansão virou uma espécie de república para meninos. Beto e Tadeu invadiram a casa, de mala e cuia, para que houvesse mais cenas com Barrão e dar mais dinamismo à história. Com uma casa parecida com uma sucursal do Clube de Bolinha, não demorou até que as garotas quisessem entrar. Só que aqui foram bem-vindas e tomaram conta do recinto. A cada semana, os jovens aprontam confusões no novo ponto de encontro, que agora concorre com a academia.
Depois de se envolver com uma professora da academia, tomar estimulantes por engano, ganhar uma corrida e parar no hospital, Barrão resolve se iniciar com guru impostor. O mestre Rava, vivido por Marcos Breda, tenta conquistar e hipnotizar vários personagens. Mas é Barrão quem protagoniza as melhores cenas. Bruno Gradim dá a dose ideal de comédia para o personagem que acredita ser predestinado. Assim, a cena de iniciação de Barrão traz um bom pastelão em meio a tenta baboseira que permeia Malhação.
Como se não bastasse a história mirabolante do guru impostor, que chega a Mucuim para confundir os jovens, a trama reserva ainda mais situações pitorescas envolvendo o trio. A última novidade é a entrada de Betinho, um personagem que, apesar do tamanho - ainda é um bebê - já apronta mil confusões. A criança, fruto de uma relação antiga entre Beto e Luana, interpretada por Andréa Farias aparece na república e deixa os garotos aflitos. Exatamente como no filme Três Solteirões e um Bebê, os garotos se tornam pais da noite para o dia. Mas apesar de supostamente ser Beto o verdadeiro pai da criança, mais uma vez é Barrão quem rouba a cena.
Enquanto Barrão e outros poucos personagens carregam Malhação nas costas, a produção está cada vez mais capenga. Textos insossos, traições nada emocionantes e a entrada de personagens insólitos não colaboram para o desenvolvimento da trama. Até agora, a última boa cartada foi a entrada do núcleo rico comandado por H.O. e Érica, vividos por Cécil Thiré e Lavínia Vlasak. De repente, alguns personagens tiveram o perfil inicial mudado conforme a história.
É o caso de Flávia, interpretada por Daniele Valente. No começo, ela era chata, arrogante, invejosa e mau-caráter. Era o que dava graça à personagem. De lá pra cá, Flávia deixou de ser isso tudo para fazer parte da patotinha liderada por Cacau e Isadora, vividas por Juliana Baroni e Luiza Mariani. De um lado estão os garotos da república, sempre pensando em mulheres. Do outro, as três meninas, sempre pensando em homens. No meio, perdidos como cachorro caído de caminhão de mudança, Bruno e Alice, interpretados por Rodrigo Faro e Cássia Linhares, vivem um eterno amor platônico.
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